Futebol

Flamengo tenta primeira vitória contra Cruz Azul em estreia na Copa Intercontinental

Flamengo e Cruz Azul se enfrentaram três vezes, todas em solo mexicano e em torneios amistosos

Flamengo e Cruz Azul escrevem nesta quarta-feira (10), mais um capítulo de um confronto raro, mas marcado por amplo domínio mexicano. O duelo válido pela Copa Intercontinental será disputado às 14h (horário de Brasília), no estádio Ahmad bin Ali, no Catar, com o Rubro-negro representando a Conmebol após a conquista da Libertadores de 2025, enquanto o clube mexicano chega como campeão da Concachampions.

O jogo está sendo tratado como uma espécie de “Dérbi das Américas”, recolocando frente a frente dois gigantes de seus países em um cenário mundial e com forte apelo de audiência para Brasil e México. A partida é vista no Flamengo como o primeiro passo de uma caminhada para coroar a temporada com um título global, ao mesmo tempo em que o Cruz Azul tenta manter a escrita favorável contra os cariocas e projetar o futebol mexicano no cenário internacional.

Retrospecto e tabu histórico

Antes deste encontro no Catar, Flamengo e Cruz Azul se enfrentaram três vezes, todas em solo mexicano e em torneios amistosos, com duas vitórias do Cruz Azul e um empate no tempo normal que terminou em derrota Rubro-negra nos pênaltis. No total, os cariocas marcaram 2 gols, contra 5 dos mexicanos, e ainda viram o rival levar a melhor na decisão por penalidades, o que alimenta a narrativa de “freguesia” em parte da imprensa.

Os confrontos anteriores ocorreram em meados da década de 1980, em competições como o Torneio Juarez, o Quadrangular Rosa de Ouro e o Torneio Azteca, sempre com o Cruz Azul como mandante. A distância temporal entre aqueles jogos e o duelo atual não impede que o retrospecto seja usado como combustível anímico de ambos os lados: para o Cruz Azul, a chance de reafirmar a superioridade histórica e para o Flamengo, a oportunidade de quebrar um tabu em um palco global.

Clima, pressão e expectativas

No Flamengo, a partida ganha contornos de decisão desde o apito inicial, por abrir um torneio curto e de alto impacto esportivo e financeiro. Comissão técnica e elenco tratam o jogo como uma continuação da intensa temporada sul-americana, agora com o desafio de adaptar-se rapidamente ao clima do Oriente Médio, à logística de viagem e ao estilo físico e dinâmico do adversário mexicano.

Do lado do Cruz Azul, o discurso predominante é de respeito ao peso da camisa Rubro-negra, mas também de confiança em repetir atuações sólidas contra rivais brasileiros, algo que já faz parte da história recente dos clubes mexicanos em competições internacionais. A equipe aposta na organização defensiva e na transição rápida como armas para surpreender o campeão da Libertadores.

Peso esportivo do duelo

A Copa Intercontinental reformulada recoloca em disputa uma taça de forte valor simbólico, associada à história dos confrontos entre campeões continentais. No caso específico de Flamengo e Cruz Azul, o encontro também serve como vitrine para jogadores, treinadores e modelos de gestão, aproximando ainda mais os mercados brasileiro e mexicano de futebol.

Para o torcedor Rubro-negro, o jogo é mais do que uma semifinal de torneio internacional: é a possibilidade de enxergar o time em pé de igualdade com potências de outras regiões e de apagar um retrospecto incômodo diante de um rival que, até aqui, nunca foi derrotado. Entre a busca por afirmação global e a necessidade de superar velhos fantasmas, Flamengo e Cruz Azul chega ao Catar carregando história, pressão e expectativas em nível máximo.

Onde assistir? O jogo será transmitido pela Globo (TV aberta), Sportv (TV por assinatura), GE TV (Youtube) e CazéTV (Youtube).

Provável escalação do Flamengo: Rossi; Varela, Danilo (Léo Ortiz), Léo Pereira e Alex Sandro; Erick Pulgar, Jorginho, Arrascaeta, Carrascal e Samuel Lino (Cebolinha); Bruno Henrique.

Provável escalação do Cruz Azul: Gudiño; Sánchez, Ditta, Lira, Piovi e Campos; Faravaelli e Márquez; Rivero, Sepúlveda e Fernández.

Apita o jogo entre Cruz Azul x Flamengo:

  • Árbitro: Glenn Nyberg (SUE)
  • Assistentes: Mahbod Beigi (SUE) e Andreas Soderkvist (SUE)
  • VAR: Fedayi San (SUI)

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