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Blocão: “Nem bolsonarismo e nem lulopetismo”, diz José Nelton

Grupo reúne nove partidos e 173 deputados federais, sendo seis goianos

Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) fechou o maior bloco da casa, com 173 deputados federais. Destes, seis são goianos. um deles, José Nelto (PP), reforçou se tratar de um blocão “que não aceita extremismos do bolsonarismo e nem do lulopetismo”. 

Vale citar, nove partidos de centro e esquerda compõe o blocão. São eles: PP, união Brasil, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PSB e PDT. Desta forma, além de Nelto, os goianos que fazem parte do grupo são: Adriano Baldy, também do Progressistas (PP); Silvye Alves e Zacharias Calil, do união Brasil; Lêda Borges (PSDB); e a líder da bancada goiana, Flávia morais (PDT).

O grupo, vale citar, é uma reação ao superbloco anterior, formado em março por mDB, PSD, Podemos, Republicanos e PSC. Este possui 142 deputados. Além disso, o blocão organizado pelo presidente Lira enfraquece a federação PT, Pv e PCdoB, que tem 81 deputados, e o PL, 99.

Isto, porque o tamanho do bloco influencia diretamente a negociação de relatorias de projetos importantes. Além, claro, em espaços na Câmara dos Deputados.

Liderança 

A primeira liderança do bloco será de Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco. Em seguida, no próximo ano, o comando deverá ficar com o PDT. Ambos partidos de esquerda.

José Nelto explica que isto ocorreu por causa das articulações para a formação do bloco. De acordo com ele, PDT e PSB, na verdade, são partidos do centro democrático. “É um bloco preocupado com o Brasil, que não aceita extremismos do bolsonarismo e nem do lulopetismo. vai servir como moderador para votar pautas importantes.” 

Ele cita, inclusive, que o bloco está comprometido com uma reforma tribunal justa, “sem deixar digital de esquerda ou direita”. “Será uma reforma sem criar imposto. mas quem ganha mais, vai pagar mais. Será uma reforma com justiça social”, argumenta e cita outras reformas, como administrativa, do Judiciário e presidiária. “Esse bloco tem compromisso com o Brasil.” 

Nem oposição, nem base 

O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse à Globonews que o novo bloco não é oposição e nem base ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não é para fazer chantagem contra o governo”, garantiu e completou: “A Câmara não tem criado nenhuma dificuldade para o governo.”

Apesar da fala de Lira, nas rodas de conversa política o Palácio do Planalto é visto com certas dificuldades e até derrotas. Neste mês, o Congresso fez algumas convocações e convites que expuseram ministros de Lula.

Recentemente, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou convite para sete ministros. Entre eles, o da Fazenda, Fernando Haddad. Flávio Dino (Justiça) já foi em duas comissões daquela Casa. Em maio, terá que ir ao Senado. 

Além disso, aprovou projetos importantes, como o mais médicos, do deputado Odair Cunha (PT-mG), com margem apertada – o que não é bom indicativo. Na última terça, o texto passou com 264 votos, dos 257 que precisava, quase um susto.

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