Pai de brasileira morta na Indonésia presta homenagem com música de Chico Buarque
Jovem caiu em trilha no monte Rinjani

Brasília – O pai de Juliana Marins, brasileira que morreu ao cair de uma trilha no monte Rinjani, na Indonésia, se pronunciou na noite desta terça-feira (24/6) pela primeira vez após a confirmação da morte da filha. Em seu perfil no Instagram, Manoel Marins publicou uma foto de Juliana, com a frase “Pedaço tirado de mim” e a letra de Pedaço de mim, música de Chico Buarque.
“Oh, pedaço de mim / oh, metade adorada de mim / lava os olhos meus / que a saudade é o pior castigo / e eu não quero levar comigo / a mortalha do amor / adeus”, diz trecho da letra. Moradora de Niterói, na região metropolitana do Rio, desde fevereiro Juliana fazia uma viagem pela Ásia.
Na semana passada ela fez uma trilha pelo monte Rinjani, na Indonésia, quando escorregou e foi parar 600 metros abaixo, na sexta-feira, 20. Estava sem água, comida nem agasalho adequado, e os socorristas só chegaram nesta terça-feira ao local em que ela estava. Juliana já estava morta.
A tentativa de resgate da brasileira foi dificultada por condições meteorológicas e de visibilidade adversas e mobilizou alpinistas experientes e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Durante as tentativas de resgate, familiares e amigos relataram desencontro de informações, inclusive sobre a veracidade de que Juliana teria recebido alimentos e bebidas, como chegou a ser divulgado ainda no último sábado, 21, dia do acidente.
Pelas redes sociais, políticos e famosos também entraram na mobilização para cobrar ajuda. Familiares também questionaram a demora para ser feito o resgate, assim como falta de planejamento. Por meio do seu perfil no Instagram, na manhã desta terça-feira, o pai de Juliana, Manoel Marins, informou que estava embarcando para Bali. Ele decidiu viajar rumo à Indonésia para acompanhar a operação no local.
Na segunda-feira, 23, enfrentou dificuldades em Lisboa, em Portugal. Isso porque para chegar até a Indonésia o voo precisa passar por Doha, no Catar, mas o aeroporto de lá estava fechado por causa dos ataques do Irã. (Agência Estado)