Caldas Novas

Homem é condenado a mais de 51 anos de prisão por duplo homicídio, em Caldas Novas

Preso fazia parte de um grupo de WhatsApp que reunia integrantes de facções criminosas

Romário Gil de Sousa Nascimento foi condenado a 51 anos e 9 meses de prisão por assassinar duas pessoas em Caldas Novas. A sentença foi dada pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (31/7), após denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO). As vítimas foram Wélio Alves Guimarães e Paulo Gomes de Sousa, mortos em outubro de 2022.

De acordo com a investigação, Romário fazia parte de um grupo de WhatsApp chamado “Futebol”, que reunia integrantes de facções criminosas. O objetivo era comprar armas e organizar ataques contra rivais. O réu chegou a mandar no grupo fotos do filho de uma das vítimas como possível alvo futuro.

Romário Gil foi apontado como líder do setor de disciplina do Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável por ordenar execuções de desafetos da facção. Durante o julgamento, ele confessou participação, mas negou ter atirado.

O crime aconteceu na casa das vítimas, na frente da esposa e da enteada de Wélio — uma criança que, por conta do trauma, precisou de atendimento psicológico.

A promotora Yule Reis Mota, do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (Gaejuri), defendeu a condenação com o agravante de liderança em organização criminosa. O juiz Vinícius de Castro Borges acatou os argumentos e fixou 27 anos de prisão por um homicídio e 24 anos e 9 meses pelo outro, somando 51 anos e 9 meses.

Além da prisão, Romário foi condenado a pagar R$ 150 mil de indenização para a família de cada vítima. Ele continuará preso preventivamente e não poderá recorrer em liberdade.

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