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Quaest: 52% dos brasileiros são contra impeachment de Moraes; a favor são 36%

Levantamento mostra que 52% dos brasileiros são contra o impeachment do ministro do STF, apesar da pressão bolsonarista

A possibilidade de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), perdeu apoio, mostra a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17). O levantamento mostra que 52% dos entrevistados são contra a medida, enquanto 36% defendem o afastamento do magistrado.

O resultado revela que cresceu o apoio à manutenção de Moraes no cargo de ministro, em relação ao último levantamento. Em agosto, um mês antes do julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, 46% se disseram favoráveis ao impeachment de Moraes e 43% contrários, portanto, dez pontos percentuais a menos.

A Quaest ouviu 2.004 pessoas, com 16 anos ou mais, entre sexta-feira e domingo últimos (12 e 14) – a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão em regime fechado ocorreu no dia 12 e Moraes foi o relator da ação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Presidente do Senado não pretende pautar impeachment de Alexandre de Moraes

Na contramão das pesquisas, o impeachment de Moraes é uma pauta considerada prioritária entre bolsonaristas. O último pedido para afastar o ministro foi protocolado em 12 de agosto e contou com a assinatura de 37 congressistas, 24 deles filiados ao PL.

Apesar da pressão, lembrou o jornal Estadão nesta quarta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), já deixou claro que não pretende pautar pedidos de impeachment contra ministros do STF. Aliados de Bolsonaro chegaram a protocolar uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Alcolumbre em razão da resistência.

Para que um ministro do STF seja de fato destituído, é necessário o apoio de ao menos 54 dos 81 senadores (2/3 da Casa), após a admissibilidade do processo. Porém, na contramão disso, sem que ocorra a aceitação inicial da presidência do Senado, o pedido sequer chega à comissão especial ou ao plenário.

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