Justiça

Bolsonaro tem até 21h13 para responder Moraes e não ser preso

Expira às 21h13 o prazo dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

Expira às 21h13 o prazo dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o ex-presidente Jair Bolsonaro explique a visita que fez ao Congresso Nacional na última segunda-feira (21) e o pronunciamento público que fez na escadaria para imprensa. Caso não se justifique, ele pode ser preso.

Bolsonaro teria descumprido a medida cautelar que o impede de usar as redes sociais direta ou indiretamente. Embora não tenha publicado conteúdo em seus perfis pessoais, o ex-presidente posou para fotos publicadas nos perfis de deputados aliados, como Maurício do Vôlei (PL-MG), e deu o pronunciamento que foi gravado por dezenas de aparelhos celulares e publicado na internet minutos depois.

Minutos depois da divulgação desse material, Alexandre de Moraes expediu notificação exigindo explicações do investigado. O prazo de 24 horas começou a ser contado às 21h13 de ontem. “Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Jair Messias Bolsonaro para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, prestarem esclarecimentos sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas, sob pena de decretação imediata da prisão do réu”, determinou o ministro.

Bolsonaro na Câmara

Bolsonaro foi à Câmara com a intenção de, a princípio, participar de uma coletiva de imprensa promovida pela bancada do PL. Mas ele desistiu da ideia. Inicialmente, o ex-mandatário ficou em silêncio, mas não tardou muito até que mudasse de estratégia e resolvesse falar para os jornalistas presentes.

“Não roubei os cofres públicos, não desviei recurso público, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso aqui é um símbolo da máxima humilhação em nosso país. Uma pessoa inocente. Covardia o que estão fazendo com um ex-presidente da República. Nós vamos enfrentar a tudo e a todos. O que vale para mim é a lei de Deus”, declarou.

No despacho remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para intimação do ex-presidente, Alexandre de Moraes anexou vídeos desse depoimento.

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