Justiça

MP denuncia Amanda Partata por homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio

Advogada está presa

Indiciada por envenenar e matar o ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, a advogada Amanda Partata, de 31 anos, foi denunciada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta quarta-feira (17/1). A denúncia por homicídio triplamente qualificado foi oferecida pelo promotor Spiridon Anyfantis, da 83ª Promotoria de Justiça de Goiânia. 

O crime teria tripla qualificação pelo uso de meio insidioso, o veneno, por ter sido cometido por motivo torpe, não aceitar o término do relacionamento com o filho de uma das vítimas, e ser feito de forma dissimulada, oferecendo bolos no pote com o veneno escondido. Além dos dois homicídios, ela responderá por outras duas tentativas de homicídio, relacionadas ao tio e ao avô do ex-namorado. Amanda segue presa.

Relembre o caso

Segundo as investigações, Amanda foi até a casa da família do ex-namorado para um café da manhã, ela levou pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. A advogada havia comprado os produtos em um empório, nas proximidades do hotel onde estava hospedada em Goiânia. Ela morava no interior do Estado.  

Segundo a Polícia, a advogada comprou 100 ml de veneno, quantidade suficiente para matar várias pessoas e, conforme o laudo, a substância foi colocada em dois potes de bolo de uma famosa doceria da cidade. A Polícia Científica disse ainda que o veneno é considerado “potente” e foi usado em grande quantidade. Mesmo em pequenas doses, a substância é tóxica e letal e não tem sabor nem odor. Ou seja, não é possível ser percebida. 

Três dias depois das mortes das vítimas, Amanda foi presa e negou ter cometido o crime. Segundo a polícia, ela fingiu passar mal durante o depoimento. 

Prisão temporária em preventiva

Além de oferecer denúncia contra Partata, o MPGO também se posicionou favorável à conversão da prisão temporária da advogada em prisão preventiva, diante do nível de periculosidade demonstrado pela denunciada. O pedido foi formulado pela autoridade policial.

Segundo o Ministério Público, a liberdade dela coloca em risco a garantia da ordem pública e também representa risco à vida de Leonardo Pereira Alves Filho e seus demais familiares, além da sociedade em geral. 

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