Polícia Federal

Quem são os ex-assessores considerados “braços direitos” de Bolsonaro presos em operação da PF

A operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (3/5) ex-assessores de Jair Bolsonaro (PL), suspeitos de integrar quadrilha que inseriu dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Um dos presos foi o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança do ex-presidente. Max é ex-sargento do Bope do Rio de Janeiro. Enquanto trabalhava para o Planalto, recebeu autorização para acompanhar Bolsonaro durante o tempo em que o ex-presidente esteve nos Estados Unidos.

O assessor afastou-se do cargo em julho, para concorrer ao cargo de deputado federal, mas obteve apenas 9 mil votos e não se elegeu. Ele foi readmitido como assessor especial após a derrota no pleito.

Também foi preso o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Mauro Cid é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-chefe do Executivo no curso de formação de oficiais do Exército.

Ele ascendeu na carreira no governo passado. Cid era major e foi promovido ao posto de tenente-coronel. Segundo reportagem do Globo, Mauro Cid assumiu o papel de “conselheiro-geral” de Bolsonaro durante sua passagem pelo governo federal, o que chegou a causar embaraços com outros aliados do ex-presidente. Suas interferências alcançavam temas relacionados a economia, meio ambiente, saúde, questões jurídicas e dúvidas particulares de Bolsonaro.

Investigação

Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta.

A inclusão dos dados falsos ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.

Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

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