Aparecida

“Pátria amada não pode ser pátria armada”

Em homilia, arcebispo de Aparecida (SP) pede pátria sem armas, ódio e mentiras

Durante a homilia na missa solene das nove horas da manhã de ontem (12) no Santuário Nacional em Aparecida, no interior de São Paulo, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, relembrou uma mensagem do Papa Francisco durante a sua visita ao Brasil em 2013 e fez um apelo pelo desarmamento.

O arcebispo começou a sua reflexão mencionando os povos indígenas, negros e as famílias enlutadas pela covid-19, buscando expandir o gesto simbólico do papa de abraçar o povo brasileiro.

Ressaltando também que crianças e pobres formam o povo, Dom Orlando disse: “Para ser pátria amada não pode ser pátria armada”, e completou, “seja uma pátria sem ódio, uma república sem mentiras e fake news”. Ao finalizar a homilia, o arcebispo reafirmou o pedido por vacina e se mostrou favorável à ciência.

A celebração das nove horas foi a quarta do dia da padroeira em Aparecida. A igreja opera apenas com 30% da capacidade, recebendo 2,5 mil romeiros por celebração. Dentro do santuário o distanciamento foi respeitado e o uso de máscara obrigatório.

Fiéis

A expectativa era de receber entre 60 e 80 mil fiéis no dia das celebrações da padroeira do Brasil ocorrido ontem. No ano passado, mesmo com as missas fechadas para o público, 30 mil pessoas foram ao santuário. Conforme a prefeitura, o policiamento foi reforçado pelo Estado e 500 policiais trabalhavam para garantir a segurança, além do cumprimento das regras sanitárias contra a covid.

Nos dias que antecederam os preparativos para a celebração em Aparecida, quatro romeiros morreram – entre a noite de sábado, 9, e domingo, 10. Eles estavam a caminho da basílica de Nossa Senhora Aparecida.

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