Operação policial deixa 25 mortos em favela do Rio
Operação começou após a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente receber informações de que traficantes estariam aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território da favela, o Comando Vermelho
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira, 06/05, uma operação contra o tráfico de drogas no Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou em 25 pessoas mortas.
A ação provocou um intenso tiroteio e troca de tiros entre traficantes e agentes policiais. O policial civil André Farias foi baleado na cabeça durante a operação e acabou morrendo. Ainda segundo a PC, outras 24 pessoas que seriam suspeitas foram mortas. A identidade não foi revelada.
Dois policiais foram feridos, na perna e de raspão no braço e outros dois passageiros também ficaram levemente feridos ao serem atingidos dentro de uma composição do metrô na região da estação Triagem, um passageiro foi baleado de raspão no braço e outro foi atingido por estilhaços de vidro.
Os feridos foram identificados como Humberto Duarte, 20, levado para o Souza Aguiar, e Raphael Silva, 33, socorrido no Hospital Salgado Filho. Segundo as unidades, Duarte tem estado de saúde estável, enquanto Silva saiu da unidade mesmo sem alta médica.
A ação foi considerada a operação mais letal da história do Rio e acontece após o Supremo Tribunal Federal restringir operações durante a pandemia sem antes comunicar ao Ministério Público do Rio de Janeiro e justificar enviando um relatório com o resultado.
Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ouvir som de rajadas e explosões de bombas na favela. Imagens também mostraram criminosos pulando de laje em laje e invadindo casas de moradores para tentar fugir da polícia.
A operação teria começado após a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente receber informações de que traficantes estariam aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território da favela, o Comando Vermelho.
Os criminosos também estariam roubando cargas, matando pessoas e moradores da região e sumindo com os corpos. A polícia conseguiu identificar 21 pessoas “responsáveis em garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo”.