Obras do Cora estão 50% concluídas
Equipes técnicas atuam na implantação da rede elétrica, hidrossanitária, de ar-condicionado e no sistema de prevenção e combate a incêndios
A construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) atingiu a marca de 50% da execução do projeto. Neste momento estão em implantação as obras de rede de esgoto, tubulações de água fria e quente, sistema de prevenção e combate a incêndios, piso e contrapiso. As equipes também trabalham na execução de paredes, dutos e sistema de ar-condicionado e nas instalações elétricas.
“Estamos em um momento em que concluímos as etapas fundamentais e avançamos para a conclusão no prazo estimado da obra. Seguimos rigorosas normas técnicas e padrões internacionais específicos para esse tipo de projeto”, informou o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), general Antônio Leite dos Santos Filho.
O avanço das obras mostra o alinhamento das equipes multidisciplinares em torno do objetivo de concluir o projeto no prazo estabelecido. Entre os serviços já executados estão a fundação dos prédios da ala infantil e de transplante de medula óssea (TMO), implantação das estruturas metálicas e a concretagem de pisos e lajes.
“A eficiência na execução e a celeridade dos processos são resultados do engajamento das equipes que abraçaram o objetivo de promover mais infraestrutura em prol de mais saúde para os goianos”, disse Santos Filho.
Primeiro hospital público destinado exclusivamente para o tratamento do câncer em Goiás, o Cora é construído, desde a concepção do projeto, com tecnologia de ponta nos moldes do Hospital de Amor, de Barretos (SP). A intenção é atender aos padrões internacionais de medicina já aplicados na unidade paulista.
Para a Carmem Lucia, aposentada que foi diagnosticada com câncer no fígado há pouco mais de um ano, a unidade hospitalar vai ajudar na economia de tempo para tratamento de quimioterapia que faz em outro estado. “Saber que teremos um hospital de câncer dedicado às nossas necessidades é um grande conforto. Isso mostra que não estamos sozinhos nessa luta”, disse aliviada.
“Finalmente, teremos um hospital dedicado exclusivamente ao tratamento do câncer. Isso é uma conquista incrível para todos nós que lutamos contra essa doença”, também comemora a técnica de enfermagem diagnosticada com câncer de mama, Luiza Lima. Assim como ela, Felipe Dias, de apenas 14 anos, ficou contente com a evolução das obras. “Isso mostra um compromisso real com o cuidado e o bem-estar dos pacientes oncológicos da nossa região”, aponta.
Infraestrutura Oncológica
Atualmente, cerca de 8 mil pacientes goianos fazem tratamento fora do Estado, especialmente nas cidades de Barreto e Brasília. “Com o hospital, até a dignidade do cidadão goiano está sendo aviltada porque hoje o paciente, para ter acesso ao medicamento, ele precisa se mudar e achar uma residência em São Paulo, fora da casa dele mesmo”, aponta Caiado.
Apenas em 2023, Goiás registrou um total de 14.389 internações por câncer, incluindo casos significativos de câncer de mama, colo de útero, pele, cólon, próstata e estômago. Além disso, a SES, em colaboração com a Universidade Federal de Goiás (UFG), anunciou a implementação de testes genéticos para identificação precoce de mutações associadas ao câncer de mama e ovário, disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse serviço foi inicialmente oferecido na Policlínica de Quirinópolis, expandindo-se posteriormente para beneficiar mulheres e seus familiares em todo o estado.
Todo o complexo terá mais de 44 mil metros quadrados de área construída. Serão 148 leitos; capacidade para atendimento ambulatorial oncológico adulto e infantil; serviços de diagnóstico; salas para infusão de medicamentos; centros de reabilitação e quimioterapia; serviços de apoio e pronto atendimento com funcionamento 24 horas; além de leitos de UTI.
Quando finalizado, o hospital deve dobrar a capacidade de atendimento e tratamento do câncer em Goiás. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), são realizadas cerca de 4,5 mil cirurgias oncológicas por ano na rede pública de saúde do Estado. Somente o Cora terá a capacidade de realizar 7,5 mil cirurgias por ano. Além disso, o hospital terá aptidão para realizar 13,5 mil consultas e 3,5 exames de imagens mensais.