POR MAIS CINCO DIAS

MPGO pede prorrogação das prisões de Wilson Pollara e auxiliares

Grupo é investigado por pagamentos irregulares

MPGO pede prorrogação das prisões de Wilson Pollara e auxiliares. (Foto: Reprodução)

Detido na última quarta-feira (27/11) em operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara pode ter sua prisão prorrogada por mais cinco dias. É o desejo da instituição pública, que aguarda posicionamento da Justiça. O pedido foi feito nesta sexta-feira (29/11) e ainda não obteve parecer por parte da juíza Ana Cláudia Veloso, à frente do caso.

A decisão valerá também para os auxiliares de Pollara, Quesede Ayres Henrique, ex-secretário-executivo e Bruno Vianna Primo, ex-diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os três são alvos de uma operação que apura  pagamento irregular em contrato administrativo e de associação criminosa no âmbito da pasta. 

Esquema impactou o atendimento à população

Conforme apurado, os envolvidos deixaram de repassar verbas públicas previstas em convênios a entidades do terceiro setor responsáveis pela gestão de unidades hospitalares e maternidades da capital, especialmente à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), deixando-a com passivo de R$ 121,8 milhões junto a fornecedores, portanto, sem condições de funcionamento regular.

Paralelamente à atuação do esquema criminoso, a rede pública de saúde da capital enfrenta uma crise de gestão multifatorial sem precedentes, caracterizada pela desestruturação progressiva da assistência hospitalar, restrição ao acesso a leitos de enfermaria e UTI, falta de inúmeros básicos, interrupção de serviços essenciais, graves deficiências em políticas públicas de assistência básica, descumprimento reiterado de decisões judiciais, frustração e burla deliberada à atuação dos órgãos de controle externo, além de indícios de irregularidades em diversas contratações. 

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