Médico da Cidade de Goiás acorrenta funcionário negro e ironiza escravidão
Procurado, delegado da Cidade de Goiás deve ouvir ainda hoje os envolvidos para apurar caso
O médico Márcio Antônio Souza Junior, conhecido na Cidade de Goiás como Doutor Marcim, no interior goiano, divulgou um vídeo onde supostamente submete um funcionário a condições análogas à escravidão. Ele já foi médico da Prefeitura.
Na gravação, divulgada no perfil do médico no Instagram e removida logo em seguida, o profissional filma um homem negro acorrentado pelas mãos, pés e uma argola no pescoço.
Em seguida, aos risos, o médico dispara: “falei para estudar, mas ele não quer. Então vai ficar na minha senzala”. Em outro trecho, acrescenta: “tenta fugir, pode ir embora” e o homem acorrentado também ri. Populares da região dizem que Márcio faz parte de uma família tradicional da cidade que, por sinal, foi assolada, no passado, pelo regime da escravidão.
Procurado, o delegado da Cidade de Goiás, Gustavo Cabral, informou que policiais civis buscam pelo suposto funcionário do médico para ouvi-lo e entender se houve crime de racismo ou apologia. “Para determinar como conduzir o inquérito a gente precisa saber o que de fato aconteceu”, diz o delegado.
O médico, segundo o Cabral, já respondeu por ameaça contra um servidor da saúde em um hospital da cidade. Márcio não foi encontrado pela reportagem. O espaço continuará aberto para manifestação do contraditório. (O Hoje)