Goiânia tem alerta de baixa umidade e oscilações bruscas de temperatura
Cuidados com a saúde devem ser redobrados
Haja imunidade! Goiânia enfrenta alerta de baixa umidade do ar, com níveis entre 12% e 20%, além de oscilações bruscas de temperatura até a próxima semana. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de quarta (28/8) a domingo (1º/9), as temperaturas mínimas na capital devem variar entre 14°C e 17°C, enquanto as máximas podem atingir até 34ºC.
Na segunda-feira (2/9), os termômetros devem registrar entre 17°C e 29°C, enquanto na terça (3/9) as temperaturas podem variar de 20°C a 36°C. As variações bruscas de temperatura e a baixa umidade do ar acendem o alerta para os cuidados com a saúde.
Cuidados com a saúde
Com as condições climáticas instáveis em Goiás, é comum o agravamento de doenças respiratórias. A baixa umidade do ar cria um ambiente propício para a proliferação de vírus e bactérias, além de contribuir para o ressecamento das vias respiratórias, facilitando o surgimento de infecções. Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis a essas doenças.
Em entrevista à reportagem do jornal A Redação, o otorrinolaringologista Murilo Bufáiçal Marra, do Instituto de Neurologia de Goiânia, explicou que as doenças mais comuns nesta época do ano estão relacionadas ao vírus da gripe, Influenza A e B, rinovírus, adenovírus e também à covid-19. “Todas essas doenças afetam as vias aéreas superiores, com sintomas principalmente no nariz e na garganta”, detalha o especialista.
“Nesta época do ano, as transmissões dessas viroses são mais frequentes e, devido ao tempo seco e às baixas temperaturas, as pessoas acabam se aglomerando em ambientes fechados. Com isso, a probabilidade de transmissão dessas partículas virais aumenta consideravelmente”, detalha o médico (foto).
Principais sintomas
Entre os principais sintomas durante o tempo seco estão a tosse seca e a obstrução nasal. O otorrinolaringologista ressalta que, em alguns casos, é importante procurar atendimento médico caso os sintomas se agravem, especialmente quando há febre. Os sintomas mais comuns nesta época do ano incluem:
– Tosse seca;
– Dor de garganta;
– Coriza e obstrução nasal;
– Dor no corpo;
– Fraqueza;
– Febre.
O médico também destaca que pessoas com alergias têm maior predisposição para infecções de vias aéreas superiores. “Essa população tem uma tendência maior devido à secreção nasal provocada pela coriza e pela obstrução nasal. Vale lembrar que, quanto mais febril o paciente, maior pode ser a carga viral e mais grave pode ser o caso”, salienta Murilo.
Prevenção
Nesta época do ano, com as temperaturas mais elevadas durante o dia e a umidade baixa, é comum que as pessoas busquem ambientes com ar condicionado. Isso faz com que os locais tenham menor circulação de ar e favorece a aglomeração, criando um cenário propício para o surgimento de viroses. Uma das medidas de prevenção contra doenças infecciosas é evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.
Além disso, é importante ter umidificadores e vaporizadores em ambientes internos devido à baixa umidade do ar. Em casa, é possível substituir esses aparelhos por uma toalha molhada perto da cama ou até mesmo uma bacia com água.
Apesar de não estarmos mais em período de pandemia, o uso de máscara ainda é recomendado, conforme explica o médico. Segundo ele, o item é uma barreira importante para diminuir o contágio de partículas virais.
“Especificamente em relação às queimadas, é interessante evitar a proximidade de regiões com focos de incêndio. A fumaça aumenta a concentração de partículas tóxicas e a quantidade de monóxido de carbono, o que reduz o transporte de oxigênio para o corpo. Assim, pacientes com alergias, asma, rinite alérgica e bronquite podem ter seus sintomas agravados”, complementa.