Flamengo sofre, mas vence e avança para a decisão do Mundial
Pela semifinal da competição, rubro-negro sai atrás, se reabilita na segunda etapa e agora aguarda o vencedor de Liverpool x Monterrey.
Pela semifinal do Mundial de Clubes, o Flamengo teve um páreo duro contra o Al Hilal, saiu para o intervalo com desvantagem no placar, mas fez um grande segundo tempo e virou para 3 a 1, sacramentando um espaço na grande decisão. Os gols brasileiros foram marcados por Arrascaeta, Bruno Henrique e Al-Bulayhi (contra), enquanto os árabes anotaram com Al-Dawsari.
O jogo
Nas arquibancadas, a torcida rubro-negra fazia a sua parte. Sob gritos de “vai para cima deles, Mengo”, a equipe brasileira tentava responder no campo. Quando os árabes tocavam na bola, só se ouvia vaias em Doha. Na marca dos seis minutos, contudo, o Al Hilal mostrou que pode ser perigoso e fez o estádio respirar fundo em uma sequência de três escanteios fechados, que ameaçaram a defesa flamenguista.
Aos poucos, os árabes foram se sentindo mais à vontade, chegando próximos da área inclusive em jogadas ensaiadas. Os sul-americanos, por outro lado, não conseguiam encaixar sua proposta de jogo nos minutos iniciais. Como o futebol não segue regras, o Flamengo quase abriu o placar com Gerson, que pegou rebote em lance no qual o goleiro Al-Muaiouf saiu mal. No minuto seguinte, aos 15, o Al Hilal deu o troco e Al-Dawsari exigiu grande defesa de Diego Alves. No rebote, Gomis chegou livre, mas chutou para fora.
A equipe do Oriente Médio demonstrava ser muito bem treinada. Isso já estava claro, ficou ainda mais quando Al-Dawsari fez 1 a 0 em uma ação de muita qualidade. Giovinco passou para Al-Burayak, o qual avançou pelo lado e tocou para o meio. O meio-campista do Al Hilal teve liberdade para completar para as redes – a redonda ainda desviou em Marí.
Os cariocas pareceram acordar e equilibraram o duelo. Aos 29 minutos, Bruno Henrique entrou na área com muita velocidade e quase conseguiu finalizar, mas foi travado no momento crucial. O embate de fato ficou mais acirrado, mas as chances de perigo diminuíram e os dois times saíram para o intervalo em situações opostas.
No segundo tempo, o cenário mudou. Logo na terceira volta do relógio, o Flamengo voltou a ser o Flamengo campeão do Brasileirão e da Libertadores e tratou de igualar a peleja. Gabriel deixou para Bruno Henrique, que deu uma assistência açucarada para Arrascaeta completar livre para o gol. A partida virou de cabeça para baixo. Apesar do equilíbrio, os brasileiros demonstravam mais tranquilidade e a virada começou a amadurecer, com o meia Diego surgindo como peça-chave, assim como diante do River Plate. Ele iniciou a jogada aos 32, e Rafinha mandou na cabeça de Bruno Henrique, que não perdoou.
O Al Hilal tentou se lançar ao ataque para reverter o quadro. Na realidade, foi o Flamengo quem terminou de “matar” o jogo. Diego novamente iniciou a jogada, tocou para Bruno Henrique. O atacante tentou encontrar Gabigol na área, mas Al-Bulayhi chegou primeiro. O problema é que ele marcou contra, e os cariocas aplicaram 3 a 1. Dali para frente, restou cozinhar o duelo e manter o resultado. Agora, o time pega na final o vencedor de Liverpool x Monterrey, marcado para hoje às 14h30.
Ficha técnica
Jogo: Flamengo 3×1 Al Hilal (Arábia Saudita). Local: Estádio Internacional Khalifa, em Doha (Catar). Árbitro: Ismail Elfath (Estados Unidos). Assistentes: Kyle Atkins (Estados Unidos) e Corey Parker (Estados Unidos).
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Pablo Marí, Rodrigo Caio e Filipe Luís; William Arão, Gerson (Diego) e Arrascaeta (Piris da Motta); Everton Ribeiro, Bruno Henrique (Vitinho) e Gabriel. Técnico: Jorge Jesus.
Al Hilal: Al-Muaiouf; Al-Burayk, Jang Hyun-Soo, Al-Bulayhi e Al-Shahrani; Cuéllar, Carrillo, Carlos Eduardo, Al-Dawsari (Al-Abid) e Giovinco (Khrbin); Gomis (Otayf). Técnico: Razvan Lucescu.
Gols: Al-Dawsari, aos 17’ do 1ºT. Arrascaeta, aos 3’ do 2ºT. Bruno Henrique, aos 32’ do 2ºT. Al-Bulayhi (contra), aos 36’ do 2ºT. Expulsão: Carrillo, aos 37’ do 2ºT.
Público: 21.588 torcedores.
Informações: O Hoje