Denúncia em rádio levou polícia a indício de fraude em Catalão, afirma Delegado
O Delegado responsável pela operação acredita que esquema criminoso desviou, em menos de três anos, mais R$ 10 milhões dos cofres do município.

Redação
Uma denúncia feita por um empresário em uma rádio local no ano passado foi o que motivou, segundo a Polícia Civil, o início de uma investigação que apura fraudes orquestradas pela Prefeitura de Catalão e a empresa contratada para prestar serviços para a Superintendência de Água e Esgoto (SAE) do município.
O esquema criminoso – que, de acordo com as investigações, funcionou entre 2013 e 2016 – teria provocado prejuízo superior a R$ 10 milhões aos cofres do município. Nesta quarta-feira (29) os policiais cumpriram mandatos de busca e apreensão na cidade. O ex-prefeito Jardel Sebba e o ex-superintendente César José Ferreira foram os alvos principais da Operação.
Em coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (30), o delegado Webert Leonardo, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCARP) deu detalhes da operação que, ao todo cumpriu 16 mandados de quebra de sigilo fiscal e bancário e 12 mandados de busca e apreensão em Catalão e ainda nos municípios de Ipameri, Silvânia, Goiânia, e Bela Vista de Goiás.
Segundo Webert, mais de 50 pessoas estão sendo investigadas, sendo que as que são apontadas como chefes do esquema tiveram, nos últimos anos, uma evolução patrimonial incompatível com a função que exerciam.
“Como Catalão tem sua própria fornecedora de água e esgoto, criada por meio de um decreto municipal em 2001, essa superintendência então contratou, em 2013, em uma licitação cheia de erros, onde o próprio Tribunal de Contas dos Municípios já constatou irregularidades, uma empresa que recebia mensalmente R$ 200 mil da prefeitura, explica o Delegado”.
“Além desse valor exorbitante, o contrato teve, ao longo de dois anos, alterações que elevaram o valor inicial em 138%”, o que faz a gente acreditar que este grupo tenha faturado, de forma indevida, mais de R$ 10 milhões”, destacou o delegado.
Com informações: Mais Goiás