Política

Quaest: com 48%, aprovação do governo Lula chega ao melhor patamar em 2025

Foram ouvidas 2.004 pessoas, entre 2 e 5 de outubro; margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos

Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), mostra que a aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou 48% em outubro, empatando tecnicamente com a reprovação, de 49%. O resultado representa o melhor desempenho desde janeiro e confirma uma tendência de recuperação iniciada em maio.

O avanço é impulsionado por eleitores sem posicionamento político, mulheres e pessoas entre 35 e 59 anos. Entre as mulheres, a aprovação ao governo subiu de 48% para 52%, enquanto a desaprovação recuou de 48% para 45%. Na faixa etária de 35 a 59 anos, a aprovação chegou a 51%, superando a desaprovação (46%).

O levantamento indica que 33% avaliam o governo como positivo e 37% como negativo, uma diferença menor que a observada em setembro (31% e 38%, respectivamente). A melhora também aparece entre os que consideram o governo “pior do que o esperado”, que caíram de 51% para 42%, enquanto o grupo que o vê “melhor do que o esperado” passou de 14% para 20%.

Três fatores recentes ajudaram a impulsionar a percepção positiva sobre o governo: a reforma do Imposto de Renda, o encontro entre Lula e Donald Trump na ONU e as manifestações contrárias à PEC da Blindagem.

A reforma do IR, que amplia a isenção para quem ganha até R$ 5 mil e cria taxação de 10% sobre rendas anuais acima de R$ 600 mil, foi o tema mais conhecido pelos entrevistados (68%). Entre eles, 79% apoiam a ampliação da isenção e 64% concordam com a tributação sobre os mais ricos. Quase metade (49%) espera uma pequena melhora nas finanças pessoais e 41% preveem uma melhora importante, percepção que atinge até 36% dos eleitores de Jair Bolsonaro.

O encontro entre Lula e Trump foi conhecido por 57% dos entrevistados, e 49% avaliam que o presidente brasileiro saiu politicamente fortalecido. Já o discurso de Lula na Assembleia-Geral da ONU foi ouvido por 44% dos participantes, com 52% avaliando-o como bom.

A pesquisa também mediu a percepção sobre a PEC da Blindagem, rejeitada no Senado após manifestações contrárias. Embora 53% dos entrevistados não tenham acompanhado a votação, 39% consideram que o governo saiu fortalecido e 30% acham que ficou mais fraco.

No campo econômico, as expectativas continuam moderadamente positivas: 43% acreditam que a situação do país vai melhorar nos próximos 12 meses, ante 40% em setembro, enquanto 35% esperam piora. Já a percepção sobre a direção do Brasil segue majoritariamente negativa, 56% dizem que o país está no rumo errado, e 36% no rumo certo.

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro, com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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