Goiandira

Suspeitos de aplicar golpe contra servidores municipais em Goiandira são presos

Até o momento, a polícia identificou cinco vítimas que, juntas, perderam aproximadamente R$ 44,5 mil

A Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia de Goiandira, prendeu um ex-chefe do setor de Recursos Humanos da prefeitura e um correspondente bancário sob a suspeita de aplicar golpe do consignado em servidores municipais. Os dois homens, de 39 e 43 anos, respectivamente, são investigados por envolvimento em um esquema fraudulento de empréstimos consignados que prejudicou funcionários públicos.

Com base nas provas colhidas, a Justiça autorizou a prisão preventiva do correspondente bancário e aplicou medidas cautelares ao ex-chefe do RH. Durante as buscas, a polícia apreendeu celulares, notebooks, documentos e até um veículo de luxo, que serão periciados para possíveis novas descobertas.

A investigação, que durou cerca de três meses e teve início após uma requisição do Ministério Público, apontou que o ex-chefe do RH da prefeitura era o elo entre os servidores interessados em contrair um empréstimo e o correspondente bancário. Quando os servidores procuravam informações sobre crédito consignado, ele os encaminhava diretamente ao bancário investigado.

Ao entrarem em contato, os servidores eram coagidos a pagar valores extras para garantir a aprovação do empréstimo. O suspeito afirmava que, sem esses pagamentos, o crédito não seria liberado. Além disso, ele alegava que havia diversas taxas envolvidas, sem nunca apresentar qualquer documento comprovando tais cobranças.

Com os pagamentos indevidos em mãos, o correspondente bancário repassava uma parte do dinheiro ao ex-chefe do RH como uma espécie de “comissão”. A análise de registros bancários confirmou a movimentação financeira entre os investigados, evidenciando a prática criminosa. Os suspeitos podem responde pelos crimes de concussão (uso do cargo para obter vantagem indevida), estelionato e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 12 anos de prisão.

Prejuízo causado

Até o momento, a polícia identificou cinco vítimas que, juntas, perderam aproximadamente R$ 44,5 mil. No entanto, os investigadores acreditam que mais servidores podem ter sido lesados e esperam que outras vítimas se manifestem com a divulgação do caso.

Além disso, os relatórios policiais apontam que o ex-chefe do RH recebeu pelo menos R$ 28,3 mil entre junho de 2022 e novembro de 2024 por conta desse esquema.

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