Iporá

Câmara de Iporá volta atrás e resolve afastar prefeito preso; vice-prefeita deve ser empossada

Presidente da Casa recuou

Depois do presidente da Câmara Municipal de Iporá, Adriano Sena (MDB), negar a recomendação do Ministério Público de afastamento do prefeito Naçoitan Leite (Sem partido) e condução da vice Maysa Cunha (PP) ao cargo, na terça-feira (27), ele recuou da decisão. Em novo documento, na quarta-feira (29), a Casa decidiu pela “total acolhida” às orientações.

Anteriormente, Adriano justificou que a Lei Orgânica Municipal não exigia motivo para ausência do prefeito por até 15 dias. O promotor Luís Gustavo Soares Alves, então, disse que a Câmara não respondeu a recomendação e pediu que se posicionasse ainda na quarta, ou entraria com medida judicial para dar posse à vice e contra a Casa de Leis por prevaricação.

Ainda sobre a nova posição, o presidente da Casa declarou que convocará sessão extraordinária para 4, 5 e 6 de dezembro. As datas respeitam o prazo mínimo de 3 de dias de antecedência. Nesta quinta-feira (30), entretando, deve ser votado o habeas corpus do prefeito, então é possível que ele seja liberado.

Naçoitan foi preso na última quinta-feira (23) suspeito de invadir a casa da ex-esposa e atirar contra o quarto em que ela e o namorado estavam. A ocorrência aconteceu em 18 de novembro. Mesmo diante da situação, o político segue como prefeito da cidade.

Relembre o caso

Naçoitan Leite foi preso no último dia 23 de novembro ao se entregar à polícia de Iporá, no Oeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, o prefeito invadiu a casa da ex-mulher com uma caminhonete e atirou pelo menos 15 vezes contra o quarto onde a ex-esposa e o namorado dela dormiam.

Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento que o prefeito chega e derruba o portão da casa com a caminhonete. Após cometer o crime, ele fugiu. A Justiça determinou a prisão de Naçoitan no mesmo dia.

Na terça, ele foi indiciado por tentar matar as duas pessoas. O prefeito teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento entre os dois. Ele também está respondendo por porte ilegal de arma de fogo, fraude processual e por ter furtado o equipamento de gravação de segurança da casa da ex-mulher.

“As provas do feminicídio e do homicídio tentado são explícitas. Nove tiros atravessaram a porta do quarto. Um deles atingiu a cama, outros um baú. Um dos pés da cama quebrou com um dos tiros”, disse Igor Moreira, o delegado responsável pela investigação.

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