Trabalho escravo: 49 pessoas são resgatas em fazenda de Santa Bárbara
Pessoas trabalhavam 12 horas por dia em plantação de milho

O Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO) deflagrou na última terça-feira (3/10) uma operação de resgate de 49 pessoas sob situação análoga à escravidão no município de Santa Bárbara de Goiás. De acordo com o órgão público, as vítimas trabalhavam em uma fazenda de milho no município, e residiam em Trindade. Os dormitórios não tinham ventilação nem lugar para refeição.
Os homens eram coletados de vários estados, como Maranhão, Minas Gerais e São Paulo, e submetidos a trabalhos com condições perigosas, sem equipamento de proteção e sem pausas para refeição e hidratação. De acordo com o órgão, o trabalho consistia em coleta de palha de milho para produção de cigarros de palha, contudo, não foi ofertado a eles instrumentos de proteção para atividade.
Imagens divulgadas pelo MPT mostram as mãos feridas dos trabalhadores bem como a situação degradante em que residiam. Além do MPT, também atuaram na operação o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e a e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Danos morais
Após as investigações do MPT, os donos foram obrigados a pagar um valor no total de R$ 400 mil, incluindo mais de R$ 100 mil deste montante dedicado a danos morais que será dividido entre os trabalhadores.
Além disso, será destinado às vítimas as devidas de rescisão como salário, férias e 13º. Os donos concordaram em regularizar o trabalho dentro das normas com risco de multa caso acordo não seja cumprido.