Com reajuste no valor das bandeiras tarifárias, contas de luz devem ficar mais caras
Valor será anunciado pela Aneel nas próximas semanas; a previsão é que a vermelha tenha alta de 20%

Bandeiras tarifárias das contas de energia terão aumento nas próximas semanas, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa sobretaxa é acionada quando o custo da própria produção de energia fica mais caro. Só em 2021, por exemplo, já foi registrado rombo de R$ 1,5 bilhão na conta das bandeiras.
As bandeiras tarifárias consistem em um valor adicional que é cobrado ao consumidor com o objetivo de cobrir o custo da geração de energia por parte das termelétricas, especialmente frente a pior crise dos últimos 91 anos que abaixa o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Apesar de os valores ainda não terem sido definidos, as contas de luz devem ficar mais caras.
Com esse sistema, a cobrança é dividida em três cores, sendo quatro categorias: as bandeiras verde, amarela e vermelha (que conta com dois patamares). Atualmente, enquanto não há o reajuste, a verde representa o não acréscimo à tarifa e a amarela conta com o aumento de R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora (kWh).
Já a bandeira vermelha, que é classificada em patamar um e dois, sofre acréscimo de R$ 4,16 ou R$ 6,24 a cada 100 kWh, respectivamente, a depender da categoria. A Aneel chegou a sugerir que a bandeira vermelha do patamar 2 subisse para R$ 7,57. No entanto, a alta da bandeira vermelha será superior a 20%, então o valor será ainda maior.
A previsão dos analistas, no entanto, é que o valor da bandeira vermelha 2 se mantenha até novembro, quando o período de chuvas se inicia. Esse será o primeiro reajuste que ocorre desde 2019.