PT e PSB à espera da decisão de Marconi Perillo para definir os rumos em Goiás
A inédita articulação em Goiás está na mesa de todos os envolvidos desde o começo da semana passada e criou corpo ao longo dos últimos dias
O PSB fechou a convenção neste domingo (30/07) sem indicar nomes para o Governo ou Senado, mas certo de que participará com indicação na chapa majoritária nas eleições 2022. Seja indicando um nome ao Senado, vice com possibilidade remota até de indicar um nome para o Palácio das Esmeraldas. O PT, apesar de trabalhar com a pré-candidatura de Wolmir Amado, admite nos bastidores, abrir mão do posto.
O clima de dúvida e tantas variáveis para PT e PSB estão em um nome e legenda que sempre foram adversários históricos: o ex-governador Marconi Perillo e o PSDB. A inédita articulação em Goiás está na mesa de todos os envolvidos desde o começo da semana passada e criou corpo ao longo dos últimos dias. “Trata-se de uma reflexão entre apoiadores”, comentou o tucano à coluna. Questionado como andava o andamento dos diálogos, Marconi se limitou a dizer que “está conversando”.
Na mesa do PT, PSB e PSDB está a seguinte configuração: o ex-governador encabeçaria a chapa majoritária com o PT indicando a vice-governadoria, possivelmente com o nome de Wolmir Amado. Os socialistas indicariam ou José Eliton ou o advogado Fernando Tibúrcio para o Senado Federal. O que falta para isso sair do papel? Um aliado próximo a todos os personagens envolvidos diz que é só executar. “Tudo já foi amplamente conversado e está desenhado. Não há mais diálogo. Agora é só fazer. Temos de esperar o que Marconi Perillo vai decidir”, destacou.
Na convenção do PSB, o ex-governador José Eliton saiu novamente em defesa de uma ampla composição defendendo afastar as “vozes radicais” que poderiam atrapalhar a aliança, especialmente em setores do PT e PSDB. No Partido dos Trabalhadores, há quem veja Marconi Perillo como um inimigo perigoso. No PSDB, existem muitos filiados, inclusive que irão disputar mandato, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Esses grupos minoritários, acabam dificultando o martelo ser batido.
E se Marconi Perillo decidir entrar num mandato à Câmara Federal? O assunto também ganhou corpo ao longo da semana, mas dificilmente deve vingar. “Se ele decidir participar da eleição como candidato a deputado federal, iremos respeitar”, pontua um tucano.
Neste caso, a costura da aliança poderia passar por uma indicação do PSDB na vice de Amado, do PT, que manteria seu nome liderando a majoritária e o Senado Federal, com a indicação do PSB. Não é exagero dizer então, que os caminhos de Lula e Alckmin em Goiás estão nas mãos do ex-governador Marconi Perillo.