Prefeitura abre centro de apoio e atendimento aos casos de Dengue em Catalão
A Unidade de Apoio funcionará no Materno Infantil
Com o aumento dos casos de dengue em todo território nacional, a procura por atendimento nas unidades de saúde de Catalão – cidade que acolhe pacientes de todos os municípios vizinhos – cresceu bastante.
Na maior parte do dia, a busca por atendimento de emergência vem lotando as salas de espera dos hospitais particulares e também das unidades públicas de saúde. Na UPA, local para onde é encaminhada a grande maioria dos casos de dengue, a média de atendimento por dia é de aproximadamente 700 pessoas.
Em janeiro deste ano, a Prefeitura de Catalão, por meio da Secretaria Municipal de Saúde(SMS) já havia reforçado o atendimento aos casos de dengue na UPA, otimizando espaços e disponibilizando mais profissionais da área médica, poltronas para medicação, leitos e exames laboratoriais, com o objetivo de reduzir o tempo de espera dos pacientes.
“Ainda assim, as medidas não foram suficientes para amenizar a sobrecarga por causa da demanda crescente e extremamente alta. Contudo, nenhum paciente que dá entrada na UPA deixa de ser atendido, orientado e medicado, quando necessário”, disse a secretária municipal de Saúde, Gizelda Vasconcelos.
Plano de emergência
Na semana passada, a SMS buscou novas medidas que pudessem dar mais fluidez ao atendimento aos casos de dengue, e, agora, ficou decidido a execução de um plano emergencial. “Vamos colocar em funcionamento a Unidade de Apoio e atendimento aos Casos de dengue. Esta unidade funcionará na estrutura que temos no Hospital Materno Infantil, no bairro Nossa Senhora de Fátima – que dará mais fluidez ao atendimento de pacientes que apresentarem sintomas mais relevantes de dengue. Esta nova unidade abriu as portas às 7h da manhã desta quarta-feira(10)”, disse Gizelda.
Combate ao mosquito
Desde o início de 2024, a Secretaria Municipal de Saúde intensificou o trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue. Mutirões estão sendo realizados, primeiramente nos bairros onde o índice de contaminação pelo Aedes Aegypti é maior. Os agentes visitam as casas (com uma meta de 100 residências/dia) em busca de criadouros e orientam a retirada dos entulhos, os quais são recolhidos diariamente pela Prefeitura.
Medidas de bloqueio por meio de aplicação de inseticida (bomba costal) estão sendo realizadas a partir da notificação dos casos para controle das larvas. O bloqueio local nas casas é mais efetivo que o famoso “fumacê”, pois com este, o veneno não entra nas casas, e pairando no ar pode causar um desequilíbrio ecológico, pois causa o envenenamento de outros insetos. “Há cerca de 20 dias, aumentamos o número de equipes de bloqueio e criamos um Mutirão de Limpeza composto por 60 agentes de controle de endemias, 7 funcionários que trabalham num caminhão, todos organizados pelo Departamento de Controle de Vetores do Município”, informou Gizelda.
Como comprovado por pesquisas, grande parte dos criadouros de mosquito (70%) está dentro das residências. Por isso, essas medidas de visitas são fundamentais, no entanto, esbarramos na dificuldade de muitas casas estarem fechadas.
“Estamos certos da compreensão de toda a população de que estamos vivendo uma situação de surto de dengue, e que estamos adotando todas as medidas possíveis para prestarmos o melhor atendimento possível aos que precisarem”, finalizou a secretária de saúde.