Iporá

Prefeito de Iporá volta para presídio; defesa pede soltura por questões de saúde

O pedido de habeas corpus foi encaminhado para o desembargador Nicomedes Domingos

O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido), recebeu alta do hospital onde estava internado e voltou para o presídio da cidade. De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele foi levado para a unidade de saúde no sábado (25/11) após um mal-estar, com vômito e diarreia.

Com objetivo de tentar reverter a prisão preventiva do gestor, a defesa incluiu no pedido de habeas corpus alegações sobre problemas de saúde e psiquiátricos de Naçoitan. No pedido, o advogado Thales José Jayme alega que o prefeito sofre de efeitos prolongados do coronavírus, com problemas no fígado, coração e cérebro, além de “graves consequências psiquiátricas”.

Segundo o advogado, um laudo do especialista que tem acompanhado o gestor “corrobora a existência de problemas psiquiátricos no paciente”. Outro argumento da defesa para soltura é que Naçoitan passou por uma cirurgia bariátrica há menos de um ano, o que acarreta na dificuldade de absorção de nutrientes. No processo foram anexados exames laboratoriais e resultados.

Desta forma, a defesa pede a “revisão da prisão preventiva em favor de tratamento ambulatorial, combinado com medidas diversas da prisão, que seria condizente com uma abordagem humanitária e sensível às questões de saúde mental”.

No pedido também foi incluído uma solicitação de avaliação psiquiátrica, assinada pelo diretor técnico e clínico da UPA de Iporá, relatando que o prefeito passa por “momento de euforia, medo de morte e insônia”.

O pedido de habeas corpus foi encaminhado para o desembargador Nicomedes Domingos e deve ser analisado ainda nesta semana.

Relembre o caso

O crime do político aconteceu no último sábado (18/11), quando o prefeito foi até a casa da ex-esposa, invadiu e atirou cerca de 15 vezes contra ela e o namorado.

Em relatos à polícia, a mulher contou que teve um relacionamento de 15 anos com o prefeito, mas separaram há cerca de dois meses. O crime teria sido cometido porque ele não aceitava o término da relação.

De acordo com a polícia, o homem chegou de caminhonete na casa da ex por volta de 1h da madrugada. Ele então estacionou, verificou se tinha alguém no imóvel, voltou para o carro, derrubou o portão e invadiu a casa.

Em seguida, conforme relatos da vítima, ele teria ido em direção ao quarto, gritado seu nome e atirado diversas vezes na porta do quarto onde dormia. Ele teria usado duas armas de fogo.

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