Polícia Civil de Goiás divulga orientações sobre o golpe do falso intermediário em negociações de veículos

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) emitiu um novo alerta sobre o golpe do falso intermediário, crime que tem se tornado cada vez mais comum em negociações de veículos pela internet. A prática envolve a criação de anúncios falsos, manipulação simultânea de compradores e vendedores e o direcionamento do pagamento para contas de terceiros.

Como o golpe é aplicado

Segundo a PC-GO, os criminosos começam copiando anúncios reais de veículos usados ou seminovos, mas republicam as ofertas com valores atraentes para atrair novas vítimas.
A partir disso, passam a agir em duas frentes: fingem ser compradores para o anunciante original e vendedores para o interessado no anúncio falso. Para manter o controle da negociação, orientam as partes a não se comunicarem diretamente, criando histórias para justificar a intermediação.

O pagamento é sempre direcionado para contas de “laranjas”, dificultando o rastreamento e a recuperação do dinheiro.

Sinais de alerta e prevenção

A corporação orienta que compradores e vendedores redobrem a atenção e sigam medidas simples para evitar cair no golpe:

• Desconfiar de ofertas muito abaixo do valor de mercado;
• Conversar diretamente com o proprietário do veículo, sem intermediários;
• Conferir presencialmente o carro, preferencialmente em locais públicos e movimentados;
• Confirmar se a conta bancária realmente pertence ao dono do veículo;
• Evitar justificativas como “faça o PIX para um parente” ou “não posso aparecer agora”;
• Utilizar apenas os canais oficiais das plataformas de compra e venda.

O que fazer em caso de suspeita

Caso a vítima perceba que foi enganada, a recomendação é agir rapidamente:

• Contatar o banco para tentar bloquear a transferência;
• Salvar prints, conversas e comprovantes;
• Registrar ocorrência presencialmente ou pela Delegacia Virtual;
• Denunciar perfis falsos nas plataformas.

Subnotificação preocupa

A PC-GO observa que muitos golpes não entram para as estatísticas porque as vítimas deixam de denunciar, seja por vergonha, sensação de culpa ou por acreditarem que o valor é pequeno demais para justificar a queixa.

A corporação reforça que cada denúncia é fundamental para identificar grupos criminosos e evitar que novos golpes sejam aplicados.