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Partidos se reúnem nesta semana para definir apoio ao impeachment de Bolsonaro

Ameaças recentes do presidente durante os atos antidemocráticos do 7 de Setembro impulsionaram o debate

Ao menos quatro partidos devem se reunir nesta semana para definir oficialmente suas posições sobre o impeachment de Jair Bolsonaro. As legendas ainda não haviam fechado questão sobre o caso, mas, diante das ameaças recentes do presidente durante os atos antidemocráticos do 7 de Setembro, avaliaram ser necessário definir suas posições. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que não irá mais cumprir decisões do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

PSD, PSDB, e Solidariedade farão um encontro com os seus dirigentes nacionais. A tendência é de que os três partidos passem a apoiar oficialmente o impedimento. Em linha mais definida, o PDT diz que ‘busca reunir democratas’ nesta semana para articular mais votos em favor do processo.

O primeiro a anunciar a reunião foi o PSDB, via nota nas redes sociais. O encontro foi convocado pelo presidente da sigla, Bruno Araújo, já para esta quarta-feira 8 e motivado pelas ‘gravíssimas declarações do presidente’ proferidas nos atos do dia 7.

https://twitter.com/PSDBoficial/status/1435258168708325377?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1435258168708325377%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.cartacapital.com.br%2Fcartaexpressa%2Fpartidos-se-reunem-nesta-semana-para-definir-apoio-ao-impeachment-de-bolsonaro%2F

No início da noite de terça, também motivado pelos discursos do ex-capitão, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, confirmou via redes sociais a reunião do partido. Segundo Paulinho, Bolsonaro ‘afrontou a democracia e deu provas de que não vai parar com os ataques às instituições’. O dirigente publicou em seguida que a sua posição pessoal é pelo impedimento.

Ainda na noite de terça, o PSD de Gilberto Kassab seguiu linha semelhante. Em nota publicada no site, o partido afirmou ter criado uma comissão para acompanhar o processo de impeachment que será formada pelos líderes do partido na Câmara, Antonio Brito, e no Senado, Nelson Trad, além do próprio Kassab.

“Tivemos hoje a temperatura mais elevada, manifestações muito duras, acima do tom. Começam a surgir indicativos importantes, que podem justificar o impeachment. A fala de que o presidente não vai acatar decisões judiciais é muito preocupante”, diz um trecho da nota.

O PDT, por sua vez, já era favorável ao processo, mas confirmou que pretende ampliar a articulação por mais votos para barrar o atual presidente. A confirmação foi dada por Carlos Lupi, dirigente nacional do partido, em entrevista à rádio Jovem Pan nesta quarta-feira.

Na conversa, Lupi afirmou que Bolsonaro ‘extrapolou todos os limites aceitáveis’ durante os atos de terça. Segundo informou, o PDT já encaminhou convites ao Cidadania, PSB, PT, PSOL, PSD, DEM e MDB.

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