Parque aquático em Luziânia tem prejuízo de meio milhão com golpes na venda de ingressos, diz polícia
Dois homens são suspeitos de usar cartões clonados para comprar os ingressos, que eram revendidos na internet mais baratos
Um parque aquático de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, teve um prejuízo de R$ 500 mil com golpes na venda de ingressos, afirma a Polícia Civil (PC). Segundo a investigação, dois homens são suspeitos de usar cartões clonados para comprar os ingressos, que eram revendidos na internet mais baratos.
Em nota, a direção do Bali Park Resorts afirma que identificou as compras ilegais dos ingressos e comunicou à polícia. O g1 não localizou a defesa dos suspeitos, de 20 e 31 anos, até a última atualização desta matéria. Eles foram presos nesta segunda-feira (29), em Novo Gama, no Distrito Federal (DF).
Segundo o parque aquático, o golpe foi identificado em outubro de 2023, comunicado à polícia e, em novembro, a direção alterou o sistema de validação e compra dos ingressos para evitar esse tipo de ação criminosa. Além disso, detalha que o prejuízo causado pode ultrapassar o valor de R$ 500 mil.
Após a denúncia, o delegado João de Ataliba Neto, da 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, passou a investigar o caso. Com as informações das compras e dos anúncios dos ingressos na internet, a polícia identificou e prendeu temporariamente os suspeitos, que respondem por estelionato.
“A empresa não conseguiu quantificar as vítimas. Ela descobriu o esquema e informou a polícia os dados de alguns participantes”, disse o delegado à TV Anhanguera.
Segundo a investigação, a dupla comprava os ingressos do parque usando cartões clonados e os revendia na internet mais baratos. Uma conversa divulgada pela polícia mostra os suspeitos negociando a venda de cinco entradas por R$ 200, que, segundo eles, no site do parque aquático sairiam por R$ 822,80.
Ataliba explica que o parque ficava com o prejuízo porque, após a compra dos ingressos e a utilização dos vouchers revendidos, os donos dos cartões clonados contestavam as compras. Com isso, os valores eram devolvidos às operadoras de cartão pela empresa, que ficava com o prejuízo.
Os suspeitos foram presos e a polícia também cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas casas deles. “Nós acreditamos que tenham outros integrantes”, afirma Ataliba. Se confirmado o esquema, os suspeitos podem pegar até 5 anos de prisão por estelionato e associação criminosa. (Via: G1)