Mulher morre após passar mal durante tumulto em frigorífico que vendia picanha mito
Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram várias pessoas aglomeradas na porta do frigorífico, forçando a entrada
A família de uma mulher denuncia que ela morreu após passar mal em um tumulto na porta de um frigorífico de Goiânia. Um boletim de ocorrência foi registrado no domingo (02/10). Em um vídeo é possível ver vários clientes tentando entrar no local.
O frigorífico, que anunciou uma promoção de “picanha mito”, usava a imagem do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro. O valor original da picanha era R$ 129,99, mas no domingo ela seria vendida a R$ 22 para quem estivesse usando a camiseta do Brasil.
O Frigorífico Goiás ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram várias pessoas aglomeradas na porta do frigorífico, forçando a entrada, inclusive algumas portas saem do lugar por causa da confusão.
Seguranças tentaram conter o tumulto, mas acabaram sendo empurrados. A Polícia Militar foi chamada para tentar conter a confusão.
O caso foi registrado inicialmente como morte acidental. O marido da vítima é bombeiro aposentado e disse que ela já tinha uma doença preexistente e que foram ao frigorífico e que houve uma aglomeração na porta.
Com isso, a mulher acabou sendo espremida e decidiu esperar pelo marido no carro. Quando ele voltou, percebeu que a perna da esposa estava muito inchada e ela reclamava muito de dor. Eles voltaram para casa.
O marido contou ainda que saiu para votar, mas a esposa ligou dizendo que seguia com muitas dores. Ele voltou e a levou a um hospital para receber os primeiros atendimentos.
Chegando ao hospital, os médicos a transferiram para uma unidade especializada em angiologia, pois o problema era vascular. Todavia, a mulher não resistiu e morreu por causa de uma hemorragia.
Juiz proíbe a venda de picanha na promoção
Ainda no domingo (02/10), o juiz eleitoral Wilton Muller Salomão determinou a suspensão da promoção e da divulgação dela.
“A venda de carne nobre em preço manifestamente inferior ao praticado no mercado, no valor de R$ 22, revela indícios suficientes para caracterizar, em sede de um juízo não exauriente, conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral”, escreveu o magistrado.