Ministério da Saúde quer encerrar uso da Coronavac no Brasil
Eficácia da vacina em idosos é questionada pelo ministro Marcelo Queiroga. Imunizante é produzido pelo Butantan
O Ministério da Saúde está desenvolvendo um plano de ação para vetar o uso da vacina Coronavac no Brasil. A informação foi divulgada pelo jornal Correio Braziliense, que informou ainda que o ministro Marcelo Queiroga acredita que o imunizante tem baixa eficácia.
Além disso, a informação é de que muitas pessoas que receberam as doses da vacina foram infectadas. Com base nisso, Queiroga estuda encerrar contratos da compra da vacina produzida pelo Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.
Ainda segundo reportagem divulgada pelo jornal, a inteção do MS é adquirir apenas as doses já contratadas e reforçar aquisições da Astrazeneca e da Pfizer. O Ministério espera ainda a aprovação do ButanVac, imunizante brasileiro que está sendo testado e pode ser aprovado no segundo semestre deste ano.
Estudos durante a fase de testes da CoronaVac apontaram eficácia global de 50,38%, que pode chegar a 100% para evitar internações e mortes. No entanto, o que estaria incomodando o ministro da Saúde é a baixa proteção em idosos. Isso porque um estudo denominado Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19 apontou que a eficácia geral para quem tem mais de 80 anos está em torno de 28%.
Mais 2,2 milhões de doses entregues
Nesta sexta-feira, 18/06, o Ministério da Saúde recebeu mais 2,2 milhões de doses da Coronavac. No entanto, o Instituto Butantan suspendeu a produção da vacina até receber um novo lote de matéria-prima, que está previsto para chegar no próximo sábado, 26/06.
Com a remessa desta sexta, o Instituto conclui as entregas referentes a produção de 5 milhões de doses processadas a partir dos 3 mil litros de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) recebidos no último dia 25 de maio.
O Instituto totaliza 52 milhões de doses enviadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) desde o início do ano, o que corresponde à metade do total estabelecido nos dois contratos com o governo federal.