A fábrica da John Deere, em Catalão, formalizou nesta quinta-feira (28), a demissão de 50 funcionários da área de produção. Desse total, 15 aderiram a um programa de demissão voluntária e vão receber um salário extra, além da prorrogação do plano de saúde por quatro meses.
Por nota, a John Deere informou que precisou realizar “ajustes no quadro de funcionários” de sua fábrica em Catalão por conta de variações de mercado relacionadas à produção de colhedoras de cana e pulverizadores. “Parte destes profissionais entrou em um Programa de Demissão Voluntária (PDV). O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat) foi comunicado e o processo está transcorrendo de forma transparente”, diz o texto.
O presidente do Simecat, Carlos Albino Rezende Júnior, disse que soube dos planos de corte da empresa na semana passada e tentou uma negociação para reduzir o impacto sobre os trabalhadores. “Eles queriam demitir 70, mas demitiram 50. Vão tentar dividir os 20 que ficaram em outros locais para ver se até o próximo ano recupera a produção”, afirma o sindicalista.
De acordo Albino, a John Deere reduzirá sua produção em quase 50%. “A empresa fabricava oito máquinas colhedoras de cana e de 10 a 11 pulverizadores por dia. Agora vai fabricar quatro colhedoras e de cinco a seis pulverizadores”, diz.
Carlos Albino responsabiliza o fim dos incentivos fiscais para os produtores sucroalcooleiros pelas demissões. “Os usineiros tinham a intenção de compra de máquinas neste ano, mas ela não foi realizada porque o governo tirou parte do incentivo fiscal. Então estão pagando muito mais impostos, não compram máquinas e a produção caiu pela metade”, afirma.
Contatada, a John Deere não se pronunciou sobre essa questão até a publicação desta matéria. Também procurado, o governo do Estado aguarda um posicionamento da empresa.
Informações: Diante do Fato
