Homem forte de Jânio Pacheco é citado em dívida de R$ 2,9 bilhões pelo Ministério Público do DF
Amigo e apoiador de Jânio Pacheco, Fábio Simão é irmão de Fabricius Simão, subrocurador da prefeitura de Ipameri e atual presidente do Podemos na cidade. Simão foi arrolado solidariamente em cobrança do MPDFT.
Redação
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) concluiu, na última sexta-feira (07), as alegações finais referentes a mais uma das ações penais do escândalo da Operação Caixa de Pandora.
Nesse processo, que trata do crime de formação de quadrilha, os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pedem a condenação de 15 réus, entre eles, Fábio Simão, ex-chefe de gabinete do governo do Distrito Federal e irmão de Fabricius Simão, subprocurador da Prefeitura nomeado pela prefeita Daniela Carneiro (PSDB) e presidente do Podemos em Ipameri, indicado por Jânio Pacheco.
Fábio, Fabricius e toda família Simão são apoiadores de primeira hora do pré-candidato a Prefeito de Ipameri Jânio Pacheco pelo Podemos, família que detém cargos no município e que sempre se articularam partidariamente, apoiando as eleições de Daniela Carneiro.
Nas alegações finas, o MPDFT requereu que todos os réus sejam obrigados a pagar os danos causados ao erário, “cuja atualização até a presente data, conforme planilha de cálculos do site do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), é de R$ 2.919.290.657,22”.
Na peça processual, o MPDFT frisa que “os motivos do crime não derivaram de sentimentos de nobreza, mas da ganância que alimenta o enriquecimento ilícito e da consequente necessidade de ocultação do seu proveito”.
Os promotores do Gaeco destacam que “a quadrilha permaneceu atuante por, pelo menos, quatro anos (de 2006 a 2009), e envolveu um grande número de pessoas para praticar delitos utilizando-se dos cargos que exerciam, tendo ainda feito parte de um sofisticado estratagema de corrupção no GDF”.
Além de Simão, é pedida a condenação de Márcio Machado, ex-secretário de Obras; Ricardo Pinheiro Penna, ex-secretário de Planejamento; José Luiz Valente, ex-secretário de Educação; Roberto Eduardo Giffoni, ex-corregedor-geral do DF; Omézio Pontes, ex-porta-voz na gestão Arruda; e Adailton Barreto Rodrigues, ex-assessor da Secretaria de Educação.
Completam a lista Gibrail Nabih Gebrin, ex-professor da rede pública de ensino; Rodrigo Diniz Arantes, ex-secretário particular de Arruda; Luiz Cláudio Freire Souza França, ex-diretor-geral do Na Hora; Luiz Paulo Costa Sampaio, presidente da Agência de Tecnologia da Informação do GDF à época do escândalo; Marcelo Toledo Watson, policial civil aposentado e empresário; e Marcelo Carvalho de Oliveira, diretor da Paulo Octávio Investimentos Imobiliários quando o esquema veio à tona.
Informações: Metrópoles