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Goiânia segue decreto do Estado; escalonamento 14×14

Após recuo em plano de escalonamento regional, prevalece modelo de 14 dias de fechamento seguidos por 14 de abertura

Depois de quase aderir a um esquema de escalonamento entre as zonas da capital, a Prefeitura de Goiânia decidiu por alinhar o decreto de restrição das atividades à norma estadual, que estabelece um escalonamento de 14 dias de fechamento seguidos por 14 de abertura. Com isso, parte do comércio e outros serviços que estavam suspensos voltam a funcionar na quarta-feira (31).

No dia 30, Goiânia completará 28 dias de fechamento das atividades que não são consideradas essenciais. O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) assinou a nova norma no fim de semana, estabelecendo pontos de alteração na publicação que estava em vigor na capital até então.

O gestor abriu mão de aderir ao escalonamento, praticado em cidades como Aparecida de Goiânia, após diálogo com o governador Ronaldo Caiado (DEM). A decisão acabou sendo bem recebida por entidades.

Antes disso, quando a Prefeitura deu sinais de que partiria para o escalonamento, o governador disse em coletiva de imprensa, na sexta-feira (26), que não havia sido comunicado da mudança. O governo, é importante lembrar, tem defendido que os municípios devem alinhar seus decretos ao estadual para garantir uma maior efetividade das medidas de combate à Covid-19. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) inclusive tem feito recomendações aos municípios onde as normas estão mais brandas.

No dia dessa declaração do governador, o prefeito suspendeu a publicação do decreto, que seria feita na sexta-feira. Somente no sábado ele foi divulgado com a confirmação do alinhamento com o governo do Estado. Em coletiva, o secretário municipal de Governo, Arthur Bernardes, disse que “a ideia é convergir” e falou em “união de forças”.

O setor produtivo recebeu bem o alinhamento dos decretos. Isso porque com a adesão, parte das atividades que estavam suspensas há mais de 20 dias voltam a funcionar nesta semana. Se Goiânia optasse pelo escalonamento, dividindo a cidade em zonas, o fechamento de alguns estabelecimentos continuaria.

O presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, disse que isso alivia o setor. Segundo ele, mesmo com a possibilidade de novo fechamento em 14 dias, a missão agora é unir esforços para diminuir o índice de transmissão da Covid-19.

O representante inclusive fez um apelo para que empresários sigam as regras para evitar uma piora da disseminação do vírus. “Não queremos fechar novamente e por isso fazemos apelo para que todos respeitem. Demorou um ano, mas estamos agora vendo medidas com mais racionalidade.”

Regras

Entre as mudanças feitas com o novo decreto, a Prefeitura definiu que escolas de ensino infantil, fundamental e médio da rede pública e privada vão poder retomar as atividades presenciais de segunda-feira a sábado, mas respeitando o limite de um aluno por 2,25 metros quadrados.

Baiocchi também comemorou: “Chegaram à conclusão de que é um ambiente seguro e no comércio seguimos eu diria que até mais restrições do que o determinado ao exigir uso de máscara e medir temperatura para manter segurança.”

Esportes profissionais, partidas e treinos também passam a funcionar de acordo com algumas regras. Os bares e restaurantes vão poder abrir, mas com metade da capacidade e poderão manter delivery, pegue e leve e drivre-thru. Som ambiente também será permitido, voz e violão, com grupo reduzido de músicos, durante esses 14 dias.

Além disso, a Prefeitura deu autorização para as empresas de construção civil continuarem funcionando, desde que se responsabilizem pelo transporte dos seus funcionários. Reuniões religiosas também seguirão com limitação, com 30% da capacidade e intervalo de 3 horas entre as celebrações.

Informações: O Popular

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