Faeg afirma estar “cobrando fortemente” melhorias para a energia no campo
Quedas na rede elétrica causaram perdas
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Eduardo Veras, afirmou em entrevista coletiva nesta quinta (7/12) que a entidade está “cobrando fortemente” da Equatorial Goiás melhorias na infraestrutura da rede elétrica do Estado. A concessionária tem sito pressionada pelo setor agropecuário após quedas de energia terem causado perdas na produção, particularmente na pecuária leiteira.
“A Faeg acompanha isso a par e passo. Nós temos o Conselho dos Consumidores da Equatorial cujo vice-presidente do conselho é o representante da Faeg. Nós temos feito reuniões, levando sindicatos lá por região e colocando todas as situações que têm ocorrido nos municípios, fizemos uma reunião aqui no mês passado com presidente da Equatorial e todos os presidentes dos sindicatos tiveram oportunidade de colocar o os problemas de cada região”, disse Veras.
“Nós estamos cobrando fortemente da Equatorial, porque essas cadeias elas têm sofrido com o custo de produção e a partir do momento que eles ainda produzem e perdem a sua produção por falta de energia, isso ainda impacta mais a sustentabilidade do negócio dos nossos produtores”, completa o vice-presidente.
Avaliação do ministério
Eduardo Veras também fez uma avaliação do papel prestado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, neste primeiro ano de governo. “O ministro Fávaro é um conhecedor do setor. Ele já começou o ano visitando os mercados internacionais, visitando o Japão, abrindo o mercado para os brasileiros e isso é fundamental para que o setor tenha sucesso. Haja visto como foi colocado aqui que 88% das exportações do Estado de Goiás são do setor agropecuário. Então é necessário esse trabalho de aproximar os mercados consumidores do Brasil para nós termos um melhor desempenho do setor agropecuário”, aponta Veras.
O vice-presidente cobra, porém, que o ministro aja de forma mais pontual sobre a questão da cadeia do leite no Brasil, prejudicada pela alta das importações. “Em relação à pecuária leiteira, o ministro tem que ter essa sensibilidade. Não é um problema apenas de Goiás, é um problema do Brasil. Se não for feito alguma coisa, essa cadeia no Brasil vai desaparecer e isso vai ter um impacto socioeconômico muito grande. Nós produzimos leite nos 246 municípios goianos e se desestruturar essa cadeia, isso irá impactar fortemente na economia goiana, pro produtor e pro consumidor final também”, pondera.