Congresso dos EUA aprova abertura de processo de impeachment contra o presidente Joe Biden
Republicanos acusam Joe Biden de usar sua influência para permitir que seu filho, Hunter Biden, promovesse negócios nebulosos na China e na Ucrânia
Na noite desta quarta-feira (13/12), a 328 dias das eleições dos Estados Unidos, o congresso americano votou pela abertura de um processo de impeachment do presidente Joe Biden. Aprovação se deu em uma votação apertada, 221 votos a favor e 212 contra.
Os republicanos, que detêm a maioria na Câmara dos Deputados desde janeiro, acusam Joe Biden de usar sua influência quando era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) para permitir que seu filho, Hunter Biden, promovesse negócios nebulosos na China e na Ucrânia.
“Nós estamos muito satisfeitos com o voto. Acho que enviamos uma mensagem alta e clara à Casa Branca”, Joe Biden mentiu repetidamente ao povo americano”, declarou James Comer, chefe do comitê de investigação da Câmara.
A investigação será uma verdadeira dor de cabeça para a Casa Branca antes da eleição presidencial de novembro de 2024. Porém, as chances de destituição do atual presidente são praticamente nulas.
No congresso, o filho de Biden, Hunter, de 50 anos, reconheceu ter cometido “erros” em sua vida, marcada por um passado de vícios e acusações em dois processos judiciais. No entanto, defendeu seu pai e acusou aliados do ex-presidente, Trump, de tentar “desumaniza-lo” para “prejudicar” seu pai.
— Meu pai nunca esteve envolvido financeiramente em meus negócios — disse Hunter Biden em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Na história da democracia estadunidense, nenhum presidente dos EUA jamais foi destituído. Três, no entanto, foram indiciados: Andrew Johnson em 1868, Bill Clinton em 1998 e Trump em 2019 e 2021. Porém, foram inocentados no processo.