Caiado sobre Zema: “diferenças não precisam ser sinônimo de divergência”
Declaração do governador de MG causou polêmica
“Nossas diferenças não precisam ser sinônimo de divergência”. Foi o que afirmou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ao comentar, por meio das redes sociais, as polêmicas declarações do governador de Minas Gerais (MG), Romeu Zema, no fim de semana.
Ao se referir à Reforma Tributária proposta pelo governo federal, o gestor mineiro comparou os estados do “Norte, Nordeste e Centro-Oeste com vaquinhas que produzem pouco e recebem bom tratamento”, enquanto os estados do Sul e Sudeste, segundo ele, “produzem mais e são deixados de lado”.
Nas redes, o governador de Minas Gerais foi apoiado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Caiado, por sua vez, afirmou que o “Centro-Oeste, no que depender de Goiás, será sempre este elo forte para nunca deixar avançar nenhum sentimento separatista, o que é responsabilidade de todos nós, governadores e governadoras”.
O goiano reafirmou seu descontentamento com a proposta da reforça tributária nos moldes em que é debatida. “Sobre a polêmica a respeito de falas de colegas governadores neste final de semana, meu sentimento é que a reforma tributária está estressando todos nós”, disse Caiado.
O governador de Goiás propôs que os gestores estaduais devem se unir e lutar pela autonomia dos Estados. “O Conselho Federativo pode ser bom para alguns neste momento, mas amanhã o pêndulo muda de lado”, disse Caiado.
De acordo com o texto atual da Reforma, o Conselho concentrará as decisões sobre a arrecadação e será composto por representantes de todos os estados. “Concentrar mais poderes na União vai acirrar o enfrentamento entre Estados e estimular uma judicialização sem precedentes”, alertou Caiado.
Há meses, o governador vem participando de diversas reuniões e eventos para discutir a Reforma Tributária e defendendo a autonomia dos Estados sobre a utilização dos recursos arrecadados com a tributação, respeitando as características regionais e necessidades específicas de cada local. “Nossas diferenças não precisam ser sinônimo de divergência”, finalizou Caiado.