Caiado evita apoio a presidenciáveis; União Brasil se afasta de Moro
Apoio do partido ainda depende do desempenho do ex-juiz em pesquisas eleitorais e esbarra em candidaturas estaduais da nova sigla
A negociação para que o futuro partido, União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, apoie o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) na disputa pela Presidência da República ainda depende do desempenho do ex-juiz em pesquisas eleitorais e esbarra em candidaturas estaduais da nova sigla. Os palanques regionais, como em Goiás, são um entrave ainda maior para o avanço de conversas. Uma possibilidade, considerada remota, seria a mudança de partido do ex-juiz, que se filiou ao Podemos em novembro do ano passado.
O diálogo é liderado pelo deputado federal Luciano Bivar (PE), atual presidente do PSL, e principal defensor da ideia, de olho em possível vaga de vice, ao lado de Moro. No entanto, caciques do DEM, como ACM Neto (BA), querem evitar apoio explícito a qualquer candidato à presidência para não perder votos e alianças com outras legendas. Neto aponta a aliados que conta com o apoio do PDT e do PSDB na Bahia, ambos com pré-candidatos à Presidência: Ciro Gomes e João Doria, respectivamente.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que buscará a reeleição, também tem falado a aliados em evitar comprometer-se com candidatos específicos, segundo informa hoje a Coluna Painel, da Folha de S. Paulo. A preocupação também é com os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), que rechaçam apoiar Moro, já que o ex-juiz deixou o Ministério da Justiça fazendo uma série de acusações ao presidente.
Dirigentes da União Brasil dizem que qualquer apoio a Moro dependerá principalmente do desempenho dele nas pesquisas e, por isso, só deve ser conversado após o mês de março.