Arrecadação de ICMS bate recorde no país; Goiás registra segunda maior elevação
País registrou a maior arrecadação de ICMS desde 1999. O principal fator foi o aumento expressivo nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, que turbinou a arrecadação dos governos estaduais

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) e equipe buscam menos soluções e mais retóricas para combater o desgaste político causado pela alta nos preços, os estados brasileiros registraram a maior arrecadação de ICMS desde 1999.
O montante de R$ 637,4 bilhões é o mais alto desde quando foi iniciada a série história do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) e Goiás teve a segunda maior elevação do país, com alta de 31,4%, atrás apenas de Mato Grosso, que subiu 45,5%.
O principal fator foi o aumento expressivo nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, que turbinou a arrecadação dos governos estaduais, apesar do congelamento das alíquotas no setor desde outubro e que foi mantida para os próximos dois meses.
Além disso, tem peso significativo a retomada da economia depois do período de medidas restritivas adotadas em diversas cidades brasileiras.
Com isso, cresce a pressão sobre o presidente sobre a discussão dos altos preços dos combustíveis em ano eleitoral.
Enquanto Bolsonaro pressiona os governadores a reduzirem a alíquota, aliados insistem ser o próprio presidente quem precisa resolver o impasse: ou reduz os preços ou perde votos importantes contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao governo e principal adversário.