Desemprego

Goiás acompanha avanço nacional e mantém desemprego em baixa histórica

Estado registra 4,5% de desocupação, queda da informalidade e renda acima da média brasileira, o que reforça cenário de recuperação do mercado de trabalho

O Brasil encerrou o trimestre móvel até outubro com uma taxa de desemprego de 5,4%, o menor índice desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012. 

O resultado confirma o aquecimento gradual do mercado de trabalho nacional, que alcançou também recordes no número de trabalhadores com carteira assinada e na massa salarial.

Em Goiás, o cenário acompanha a tendência positiva. No terceiro trimestre de 2025, o Estado registrou 4,5% de desemprego, mantendo estabilidade em relação ao trimestre anterior (4,4%). 

O dado, divulgado pelo instituto, reforça a posição de Goiás como uma das unidades da federação com melhores indicadores trabalhistas. Em números absolutos, 181 mil goianos estavam desocupados no período.

A melhora é acompanhada de outro marco relevante: a taxa de informalidade goiana caiu para 34,7%, a menor desde 2015. Isso significa que 1,3 milhão de pessoas trabalhavam sem direitos garantidos, número ainda expressivo, mas em queda contínua. 

Segundo o IBGE, a diminuição da informalidade está diretamente relacionada ao aumento da contribuição previdenciária, que alcançou 66,1% dos trabalhadores ocupados no Brasil, igualando o recorde de 2016.

Desemprego nacional mantém baixa histórica

No País, o avanço do emprego formal também é destacado pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged): só em outubro, foram 85,1 mil vagas criadas, e o saldo dos últimos 12 meses superou 1,35 milhão de novos postos. 

A renda contribui para reforçar o movimento. A massa salarial nacional atingiu R$ 357,3 bilhões, impulsionando o consumo e compensando, em parte, os efeitos da Selic ainda elevada, atualmente em 15% ao ano.

Em Goiás, o trabalhador tem visto melhora consistente no bolso. O rendimento médio no terceiro trimestre de 2025 foi de R$ 3.536, valor acima da média nacional (R$ 3.507) e superior ao registrado no mesmo período de 2024. 

A indústria estadual também mostra força: em 2024, o setor cresceu 17,4% e empregava cerca de 483 mil pessoas, consolidando-se como motor da economia goiana.

Embora os indicadores apontem uma trajetória positiva, especialistas ressaltam que ainda existem desafios especialmente relacionados à informalidade, à qualificação profissional e às desigualdades regionais no quesito desemprego.

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