CV: 37 pessoas foram presas por foguetório em Goiás
Ação imediata das polícias Civil e Militar acontece após “homenagem” a membros do Comando Vermelho que foram mortos em operação no Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou, nesta quinta-feira (6), que subiu para 37 o número de pessoas presas por envolvimento nos foguetórios registrados em Goiânia e na Região Metropolitana na noite de terça-feira (4). As ações foram desencadeadas após vídeos e mensagens nas redes sociais associarem os fogos a manifestações de apoio a facções criminosas.
Segundo a pasta, os detidos foram localizados em diferentes municípios: 14 em Goiânia, 9 em Aparecida de Goiânia, 6 em Abadia de Goiás, 3 em Rio Verde, 3 em Bela Vista de Goiás e 2 em Goianira. Parte dos suspeitos integra torcidas organizadas, enquanto outros não possuem vínculo direto com facções, mas, de acordo com a SSP, demonstraram simpatia por esses grupos ao participarem do ato e soltarem fogos de artifício para simular apoio ou associação criminosa.
A operação conjunta das Polícias Civil e Militar começou assim que os primeiros registros foram feitos. O objetivo é identificar todos os responsáveis e esclarecer a motivação das ações, que ocorreram de forma coordenada em diferentes bairros e cidades.
Em nota, a SSP-GO reforçou que o combate às organizações criminosas segue como prioridade e afirmou que não há territórios dominados por facções em Goiás. “Nossas polícias são preparadas para garantir a manutenção da ordem pública e a proteção dos cidadãos goianos”, destacou o órgão.
Entenda o caso
Na noite de terça-feira (4), diversos bairros de Goiânia e cidades da Região Metropolitana registraram foguetórios simultâneos, com rojões e fogos de artifício, muitos na cor vermelha, que chamaram a atenção de moradores e viralizaram nas redes sociais.
Pouco depois, começaram a circular mensagens atribuídas ao Comando Vermelho (CV), sugerindo que os atos seriam uma demonstração de força da facção no Estado. As autoridades, no entanto, afirmam que não há indícios de domínio territorial ou presença estruturada de facções em Goiás, e que parte dos envolvidos teria apenas simulado apoio criminoso, inclusive entre integrantes de torcidas organizadas. (Diário de Goiás)




