Embraer recebe encomenda recorde de quase 200 jatos avaliados em US$ 7 bilhões
Encomenda da empresa americana Flexjet no valor de US$ 7 bi (R$ 40,5 bi) prevê entrega de até 212 jatos da fabricante brasileira
A Embraer anunciou nesta quarta-feira que recebeu um pedido firme da Flexjet, uma companhia aérea dos Estados Unidos especializada em propriedade compartilhada de jatos, para fornecimento de 182 aeronaves, com possibilidade de mais 30 unidades, no valor de até US$ 7 bilhões (R$ 40,5 bilhões). Este é o maior pedido de jatos executivos da história da Embraer, que envolve os modelos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E.
O anúncio do negócio levou as ações da Embraer a dispararem na Bolsa de São Paulo, a B3. As ações ordinárias da fabricante de aviões sobem quase 15% e estão entre as maiores altas de hoje do Ibovespa.
A Flexjet tem parceria com a Embraer desde 2003, quando a Flight Options, empresa que passou a fazer parte do grupo Flexjet, em 2015, se tornou a primeira companhia de propriedade compartilhada a introduzir o jato Legacy Executive em sua frota.
Agora, com essa encomenda, os negócios entre as duas empresas deverão se expandir, já que a encomenda vai dobrar a frota da Flexjet nos próximos cinco anos. O acordo inclui também a prestação de serviços e suporte. No comunicado da Embraer, não há cronograma de datas para entrega.
“Estamos muito satisfeitos com o compromisso renovado da Flexjet com a Embraer por meio desse abrangente contrato de compra, que fortalece ainda mais nossa parceria estratégica de mais de 20 anos”, disse Michael Amalfitano, presidente e CEO da Embraer Executive Jets, que recebeu o pedido.
“Desde 2003, recebemos mais de 150 aeronaves Embraer”, disse Michael Silvestro, CEO da Flexjet. Ele lembrou que Flexjet tem um histórico como primeiro cliente frotista de três produtos da Embraer: o Legacy Executive em 2003; o Phenom 300 em 2010; o Legacy 450 em 2016; e o Praetor 500/Praetor 600 em 2019.
Os analistas do Itaú BBA consideraram o negócio positivo para a Embraer, reforçando a confiança dos investidores no momento positivo da fabricante de aviões.
“Este pedido valida ainda mais nossa tese e o forte impulso dos jatos executivos, com a carteira de pedidos da empresa praticamente dobrando após este negócio”, escreveram os analistas do BBA.
Já os analistas do Citi escreveram que o pedido de jatos executivos da Flexjet é um grande “voto de confiança” em termos de qualidade dos produtos da Embraer e segurança de suas operações.
No intervalo de um ano, as ações da Embraer acumulam alta de 188%.
