Partido

Mendanha avalia convite para presidir Mais Brasil

Presidente do Patriota em Goiás, Jorcelino Braga, disse que Gustavo Mendanha poderia presidir a sigla que será fruto da fusão com o PTB

Presidente do Patriota em Goiás, Jorcelino Braga disse ao Jornal Hoje que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), poderia presidir a sigla que se origina da fusão do partido com o PTB, o Mais Brasil. Lisonjeado, Mendanha diz que irá avaliar o convite junto à família e também com seu grupo político. 

“O Braga foi muito leal e correto comigo. O convite me faz pensar. Hoje, estou muito tranquilo. Depois de entrar em uma nevoada, precisamos esperar a situação ficar mais clara. Estou nesse momento, esperando dissipar [a névoa] para voltar a caminhar”, declarou.

Gustavo foi candidato ao governo de Goiás pelo Patriota. O ex-prefeito de Aparecida, contudo, terminou em segundo lugar com 25,2% dos votos válidos (879 mil eleitores). Os números, todavia, não foram suficientes para impedir a reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em primeiro turno com 51,81% (1,8 milhão).

Mas ainda sobre a presidência do Mais Brasil, Mendanha reforça que um convite de Braga é “muito válido. Porém, eu não vou fazer nada sem avaliar junto à minha companheira [Mayara Mendanha]. Tomarei decisão junto com meu grupo e com todos que fazem parte da minha família”. 

Fusão 

A sigla Mais Brasil ainda será formalizada. Recentemente, ao O Hoje, Jorcelino Braga disse o processo deve levar de 2 a 3 meses. “Foi feito um novo estatuto, que vai para o cartório. O cartório tem um período de aprovação. Depois vai para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que também precisa aprovar. Só aí a legenda é criada.”

Na esfera nacional, o presidente do Patriota, Ovasco Resende, se manterá como o líder do novo partido. Jorcelino ficará com a secretaria-geral. “Foi uma decisão de 50% a 50% [para os dois partidos]. Nesses primeiros dois anos seria essa a formação.”

Nesse sentido, caso Mendanha não aceite, é possível que Braga assuma, também, a presidência estadual. Jorcelino, contudo, não confirma e argumenta que a questão em Goiás ainda não foi definida. 

Questionado se o partido estará na base ou oposição ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) – uma vez que o PTB é aliado e o Patriota contrário -, ele não antecipa. Segundo ele, este assunto caberá ao novo presidente gerir. 

Destaca-se, parte das figuras importantes das siglas devem permanecer no Mais Brasil. É o caso do deputado estadual eleito Veter Martins (Patriota), do vereador por Goiânia Cabo Senna (Patriota), assim como da também parlamentar da capital Gabriela Rodart (PTB). Diferente deles, o presidente da Câmara Municipal goianiense, Romário Policarpo (Patriota), não deve ficar na legenda. 

Confirmado

A fusão com PTB, no fim do mês passado, foi confirmada, à época, pelo próprio presidente estadual petebista, Eduardo Macedo. Vale citar, como o Patriota elegeu mais nomes na Câmara Federal – foram 4 a 1 –, uma das exigências é que os ex-deputados federais Roberto Jefferson, Cristiane Brasil e Eduardo Cunha não façam parte da nova sigla. 

Além desta junção, Solidariedade e Pros também se uniram para superar a cláusula de desempenho, ou cláusula de barreira, como também é chamada. O intuito, claro, é assegurar o direito ao fundo partidário e às propagandas de rádio e TV. 

Nota assinada pelo goiano Eurípedes Júnior, presidente do Pros, e pelo líder do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força, afirma que “a junção proporcionará um partido forte em todo o Brasil, capaz de agregar forças políticas que comunguem dos princípios democráticos e cuidado social”. (O Hoje)

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