Mineiros: documentos apontando prisão de Aleomar Rezende (MDB) por tráfico de drogas expõem o candidato
O conteúdo que não era de conhecimento público aponta a prisão do prefeitável, em 1987, aos 20 anos, por tráfico de drogas.

Redação
O candidato a prefeito de Mineiros pelo MDB, Aleomar Rezende, teve documentos criminais revelados na última segunda-feira (09). O conteúdo que não era de conhecimento público aponta a prisão do prefeitável, em 1987, aos 20 anos, por tráfico de drogas. O emedebista, conhecido na época como “Perdigueiro”, ficou preso por quatro anos.
Na época da prisão, Agenor Rezende (MDB) – atual prefeito e tio de Aleomar – já era deputado estadual. De acordo com o auto de ação criminal, policiais da Delegacia Estadual de Combate a Tóxicos e Entorpecentes em Diligências chegaram a Aleomar, em Goiânia, que portava porção de cocaína. Junto ao emedebista, foram indiciados Divino César de Oliveira, Geraldo Moraes de Oliveira e Antônio Alcântara, e citado Tomaz.
O documento aponta que ao ser interrogado, Divino César, que também portava drogas, afirmou que o conteúdo era parte de um maior, que estava destinado a Aleomar. Além da cocaína, a investigação também apurou o comércio de Cannabis Sativa – maconha – entre o grupo.
“Interrogando o denunciado, Divino César Moraes de Oliveiro declarou que a porção de cocaína apresentada em seu poder era parte de uma porção maior, conseguida em Alto Araguaia (MT), e destinada a Aleomar de Oliveira Rezende, o Perdigueiro, residente nesta capital [Goiânia], a quem entregaria parte da referida droga, auxiliado pelo denunciado Geraldo Luíz Moraes de Oliveira (…) Por sua vez, Aleomar de Oliveira Rezende declarou ter recebido um telefonema de Tomaz que combinou a remessa, por Divino César, de aproximadamente 100 gramas de cocaína, na importância em torno de CZ$ 35.000,00 a CZ$ 40.000,00”, apresentou o documento.
Condenação
Os réus foram enquadrados no artigo 12 da Lei nº 6.368/76, que dispõe sobre o porte de substâncias entorpecentes. “Atendendo a culpabilidade de Aleomar, que é intensa, pois era o destinatário de toda a cocaína; à ausência de antecedentes criminais, à sua má personalidade, ante o egoísmo demonstrado; às desfavoráveis circunstâncias, pois se juntou aos co-réus para a prática de do crime; (…) fixo a pena-base em quatro anos e seis meses de reclusão, que reduz para quatro anos, em virtude do réu conter apenas 20 anos de idade”, apontou o juiz da época.
Tona dos fatos
A prisão de Aleomar e o envolvimento com drogas ilícitas veio a público após a Band News divulgar lista de políticos com passado criminoso, na segunda-feira (9/11). Após a divulgação do conteúdo criminal, em vídeo publicado nas redes sociais, o emedebista associou a tona dos fatos como obra de campanha da candidata adversária.
Flávia chegou a comentar o tema na Rádio Verde Vale de Mineiros, após conhecimento por meio Band. No entanto, não há provas que comprovem participação da democrata na revelação.
Veja os documentos de acusação nos links abaixo.